#61: “V”, Maglore + Sidecar
Um texto sobre um ano que não começou direito, a saudade de momentos históricos cheios de esperança e a importância das primeiras vezes, entre o doce e o azedo da vida

Foi em algum dia desses, em uma conversa entre amigos, que ouvi uma frase sobre o clima destes primeiros dias de 2025. “Parece que o ano ainda não começou. Ou que 2024 é que foi mal acabado, né?”. Achei a definição extremamente precisa: por aqui, o tempo tem andado numa velocidade estranha. Não é uma velocidade intensa e cansativa, mas também não chega a ser aquela tranquilidade que só as temporadas de veraneio possuem. É um período de suspensão, uma época que parece não dizer exatamente a que veio – e se não posso reclamar da quantidade de livros que li ou de filmes que vi nestas primeiras semanas do ano, também não posso exatamente dizer que ando empolgado com o que vem por aí.
Talvez seja fácil de entender o porquê: em pouco menos de 30 dias, janeiro já nos reservou uma porção de eventos históricos. Porém, me atrevo a dizer que com a exceção das três indicações de Ainda Estou Aqui ao Oscar, o que vamos lembrar desse mês será bastante sinistro. A volta de Trump ao poder, o nazismo dizendo sua mentira mil vezes, a pataquada do governo federal frente à fiscalização do PIX, as disputas de poder no Reich do Silício, as ondas de calor e as enchentes cada vez mais frequentes em SP: nada disso parece apontar para um futuro exatamente brilhante. Que me desculpe a Fernanda Torres, mas é só em raros intervalos (nada comerciais, diga-se de passagem) que a vida presta.
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Algum leitor maroto dirá, girando a taça quase cheia na mão, que o grande truque é saber justamente encontrar esses raros intervalos. É verdade, eu admito, mas às vezes alguém só é capaz de reconhecer tal fato com o devido distanciamento histórico. Talvez por isso não seja exatamente surpreendente que eu tenha me pego pensando com alguma saudade do segundo semestre de 2022. Não que tenha sido uma época mágica, muito pelo contrário. Minha tia passou boa parte daqueles meses no hospital. Minha vida profissional estava se reconstruindo depois de dois burnouts em dois anos consecutivos. E, claro, havia a eleição mais importante da história recente do Brasil testando os nervos de qualquer pessoa minimamente capaz de ler uma manchete nos cadernos de política.
O que me faz sentir saudade daquela época é ter esperança. Esperança de que o tratamento da minha tia ia dar certo (não deu), de que o equilíbrio da minha vida ia voltar (voltou, mas a muito custo), de que dessa vez a gente ia vencer a eleição (vencemos, é fato). Havia coisas boas acontecendo também: amigos se casando, viagens pelo mundo, a volta dos shows, o próprio começo desta newsletter, o Programa de Indie ganhando tração. Quando olho para trás, tenho a sensação de que o saldo é mais positivo do que negativo, mesmo com perdas irreparáveis. E para completar, havia ainda uma grande trilha sonora para aqueles tempos: V, da Maglore.
Fundada em 2009, em Salvador, a Maglore passou a primeira década de sua existência trafegando entre o power pop, o indie, o folk e as brasilidades de plantão, em meio a diferentes formações, todas capitaneadas pelo vocalista e guitarrista Teago Oliveira. Preciso confessar que demorei a sacar o grupo, mesmo tendo escutado todos seus discos na época de lançamento. Em seus tempos, Veroz soava muito básico (hoje adoro), Vamos Pra Rua tinha momentos pretensiosos (ou eu que era pretensioso?) e III me pareceu tilelê demais em um momento em que o Brasil começava a pegar fogo (mas tem cada canção bonita…). Foi só em 2017 que comecei a dar um espaço no meu coração para a Maglore, com Todas as Bandeiras – um álbum de dor de cotovelo movido a reverb e chorus, no qual a banda finalmente encontrava sua melhor formação com a chegada de Lucas Gonçalves para o baixo.
Foi o disco certo no momento certo. Eu tinha acabado de passar por um pé na bunda glorioso que me fez visitar o sofá da terapia pela primeira vez na vida – de maneira que versos como “será normal ficar com medo de enlouquecer?” me soavam muito acolhedores. Ainda assim, foi uma paixão em banho-maria, que só ganhou temperatura mesmo em 2020: em plena sexta-feira de carnaval, meu penúltimo show antes da pandemia foi uma apresentação arrebatadora da Maglore no Sesc Pinheiros. (O último, dias depois, foi Fellini no Sesc Pompeia, caso alguém queira saber). E minha volta às plateias, já em janeiro de 2022 e com máscara no rosto, foi justamente num show solo de Lucas Gonçalves no antigo Bona, em Pinheiros.
Entre um espetáculo e outro, muita coisa mudou na minha vida – o emprego, o status de relacionamento, o corte de cabelo. Naqueles sábados intermináveis de pandemia, o Ao Vivo da Maglore gravado no Cine Joia foi um dos meus discos favoritos de faxina. De maneira que, quando a banda voltou a subir aos palcos, eu já tinha me convertido por completo – a ponto de escrever, num show antes do lançamento de V, em março de 2022, que “são poucas as bandas no Brasil capazes de fazer em cima de um palco o que a Maglore faz, em um clima de celebração pop-brasileira sem cair em clichês e vapores baratos.”
Lembro com carinho da expectativa pela chegada do novo disco: a cada single que saía, a Maglore parecia desvelar uma cor diferente em um caleidoscópio muito especial. Havia a fanfarra de “A Vida É Uma Aventura”, a delícia pop de “Amor de Verão”, o protesto de “Eles” e até mesmo uma releitura bonita de “Vira-Lata”, canção de Lucas que já havia sido uma das minhas favoritas de 2020, numa versão solo que ele divulgou nas plataformas. Nada, porém, me preparou para o momento em que o álbum chegou até as minhas mãos, algumas semanas antes do lançamento oficial. Dei o play em meio a tarefas profissionais na sala, enquanto a
trabalhava no quarto. Quando a terceira música – uma insuspeita faixa chamada “Espírito Selvagem” – chegou, ela simplesmente apareceu na porta e falou: “isso é muito bom!”.Não foi a primeira vez que a gente ouviu um disco juntos pela primeira vez – a honraria pertence a um álbum do Fresno, quando nosso namoro nem namoro era ainda. Mas foi a primeira vez que me lembro de ouvir algo novo com a Anna e pensar que aquele era um momento definitivo do nosso namoro: a primeira de muitas vezes que ouviríamos aqueles metais, aqueles solos de guitarra à la Wilco-meets-Pepeu-Gomes e aquela letra especialmente cativante. “Uma canção tão representativa de 2022 quanto ancestral, tão política quanto romântica, mística e pé no chão ao mesmo tempo, tão poderosa que só poderia ocupar um único lugar no repertório dos shows da Maglore: o último bis”, escrevi naquela época. E sigo assinando embaixo.
Ao longo dos meses seguintes, eu ouviria muitas vezes “Espírito Selvagem”. Não só em casa ou no Programa de Indie, mas também ao vivo – a verdade é que, graças a V, a Maglore se tornou a banda que eu mais vi na vida. Foram 10 shows de 2020 para cá, e oito deles desde o lançamento do disco. Cada um deles teve uma emoção diferente. No lançamento, no Sesc Pompeia, lembro de estar apreensivo com as eleições – e de rir quando Teago se anunciou dizendo que seu nome era Luiz Inácio Lula da Silva.
Dois meses depois, no Primavera Sound, quando já havíamos até festejado na Paulista, aquelas músicas todas pareciam descarregar todo o peso que havia nos ombros. Em dezembro, às vésperas da morte da minha tia, ver a banda pela primeira vez em formato quarteto no Sesc Santo André foi uma rara e feliz distração em meio a dias estranhos. Em maio de 2023, em Porto Velho, em um show redentor depois de um banho de cachoeira. E assim foi até este janeiro de 2025, quando vi a Maglore mais uma vez no Centro Cultural São Paulo.
Em um fim de tarde, quase noite, particularmente quente em janeiro, ver a Maglore na Sala Adoniran Barbosa foi um exercício curioso. Desde o início, eu não só sabia praticamente tudo o que ia acontecer ali como também talvez pudesse cantar o show inteiro, de cabo a rabo. O único momento inédito para mim foi a execução elétrica de “Tela Quente”, excelente faixa que eles lançaram no Acústico de 2024 e eu só tinha visto desplugada. Ao sair do show, achei que não teria nada para escrever sobre ele – ao menos não do ponto de vista do crítico. Mas tinha algo a dizer enquanto fã. É preciso dizer que é emocionante ver como uma banda toma posse do seu próprio repertório com o tempo, executando suas canções de um jeito cada vez melhor e abrindo espaço nos arranjos para solos mais bonitos, coros e tudo mais – incluindo até um momento à lá “A Day in the Life” na cinematográfica “Maio, 1968”, um tour-de-force lírico de Lucas Gonçalves.
Por outro lado, foi esquisito ver o efeito do tempo sobre algumas daquelas letras: se em 2022, “Eles” era um grito de esperança e, depois, de vitória, confesso que cantá-la neste janeiro deu um certo gosto amargo na boca – o de perceber que, apesar de tudo que fizemos, eles têm é cada vez mais chances. Não é culpa de Teago Oliveira, nem de Lucas Gonçalves ou dos amigos Lelo Brandão e Felipe Dieder, claro. Os quatro fazem o melhor que podem – e se ver o mesmo show oito ou nove vezes possa parecer um pouquinho repetitivo, preciso dizer que invejei a moça ao meu lado que se esgoelava em todos os refrães, à moda de Drew Barrymore, como se aquela fosse a sua primeira vez. Que sorte a dela escolher uma banda como a Maglore para isso.
Não precisa ser terapeuta para entender que talvez o que eu esteja sentindo falta mesmo é de “primeiras vezes”, até pelo motivo pelo qual escolhi o Sidecar como o coquetel da vez. Ele não é só um dos meus coquetéis favoritos, a ponto de ser o drink que ilustra o logo desta newsletter. Também não é porque, assim como o V da Maglore, o Sidecar alterna azedo e dulçura, peso e leveza, sofisticação e simplicidade – são apenas três ingredientes e um preparo muito simples. Escolhi o Sidecar principalmente porque ele foi o primeiro coquetel que um bartender fez para mim no balcão de um bar. Foi com ele que vivi pela primeira vez aquele momento mágico em que um conviva dá uma direção (“doce e cítrico”) e o profissional faz sua arte. Mais que isso: é bem possível que se eu não tivesse tomado aquele Sidecar no balcão do Modi, em Higienópolis, lá para 2014 ou 2015, talvez eu nunca tivesse começado a escrever essa newsletter.
E aqui me permito uma leve autocrítica – palavra que me dá até úlcera quando dita no seu contexto mais usual, o da política no canal 540 da TV a cabo. Às vezes, ao sentar para escrever um texto para essa newsletter, sinto que estou me repetindo. Sinto que escrevo várias vezes a mesma versão de um texto, com a desculpa de falar de um artista que gosto ou apenas tentando justificar o capricho de unir um disco e um drink. Não foi à toa que eu passei algumas semanas evitando o arroz-com-feijão desta coluna: tive medo de ver um formato se esgotar – e, por consequência, entender que essa newsletter já tenha cumprido seu papel no mundo. Mas acho que não, espero que não, torço para que não, especialmente porque, em meio a textos mais ou menos formulaicos, sinto vontade de escrever algo assim como escrevo hoje.
Faz parte do processo de envelhecimento entender que as primeiras vezes serão cada vez mais raras. É importante aceitar, quase consigo ouvir a voz do meu terapeuta, que nem toda receita de coquetel vai me fazer ver estrelas. Que nem todo show ou disco se tornará inesquecível – também, pudera: só em 2024 foram mais de 120 apresentações. Talvez eu mesmo esteja criando uma armadilha para mim mesmo: como me disse certa vez o Maurício Pereira, “excesso de arte dessensibiliza a gente”. Ao mesmo tempo, sei que parte da alegria do meu trabalho é justamente a de achar o trigo em meio ao joio.
Quando estava saindo do show da Maglore no CCSP, comentei com a Anna Vitória: “que saudade de ver uma banda lançando um disco como eles fizeram”. E logo complementei: “será que falta muito para o próximo vir por aí?”. Sei que Noel Gallagher já ensinou a lição de que não se deve colocar uma vida na mão de uma banda de rock’n’roll. Mas enquanto batuco essas linhas e penso nesse show da Maglore que vi há alguns dias, tento ter um pouco de paciência.
Por vezes, o que a vida nos oferece não são beijos em aeroportos nem rezas em hospitais, mas sim uma grande sala de espera – por trabalhos inspiradores, por tempos melhores, por dias menos chuvosos, pelo novo disco de uma banda que a gente ama. É nesses momentos de suspensão, mais até que nos momentos de tristeza, que a ansiedade por algo diferente e excitante é mais premente. E se um lado meu segue impaciente e ansioso em saber o que essa banda incrível fará logo adiante, especialmente na consolidação da parceria de Teago e Luquinhas, outro, mais otimista, busca se lembrar do refrão que tantas vezes abriu shows especiais: “a história se escreveu em um final que não chegou”.
Ora, se o final não chegou, embora a taça já esteja vazia a esse ponto, é sinal de que a vida continua sendo uma aventura – e pode até prestar.
É um bom lembrete para este começo de ano que, por enquanto, parece mais com uma tela de carregamento meio travada de PlayStation 2. Se está assim para você, faço o convite: tenha paciência também, siga com um pé na frente, mas outro atrás, e aproveite para vir até o balcão e tomar mais um Sidecar enquanto a próxima primeira vez não vem. Mal não vai fazer.
A Receita
60 ml de conhaque/brandy
40 ml de triple sec
20 ml de suco de limão
açúcar para a borda da taça
Fazer um bom Sidecar é algo bastante simples, mas que requer algumas considerações rápidas. A primeira é o preparo da taça com o açúcar na borda. Cada bartender tem seu método favorito para fazer isso – e o meu ainda precisa ser aperfeiçoado, é verdade. Mas aqui em casa, fui no simples. Primeiro, passei a rodela de limão por toda a borda da taça. Depois, depositei açúcar em um prato e, com a taça na horizontal, fui girando para que o mágico pó branco ficasse grudadinho ali.

O segundo ponto é o conhaque – bebida que confunde muita gente por pensar ou em algo barato, como o duro Dreher, ou extremamente caro, como o Hennessy. A verdade é que aqui vamos usar algum tipo de brandy – bebida que popularmente é mesmo chamada de conhaque. Em casa, estou com uma garrafa aberta de Osborne, um brandy de jerez. Outra boas marcas incluem o Fundador ou Carlos I, ou até mesmo um português Macieira. Se quiser tentar com Dreher, Domecq ou Presidente, não vai dar errado – mas a baixa fidelidade transformará esse Sidecar numa lambreta.
Dito isso, vamos à receita em si: com a taça devidamente açucarada, você deve colocar conhaque, limão e triple sec (licor de laranja, para os neófitos) numa coqueteleira com gelo. Bata bem, por uns 10 segundos, até sentir a coqueteleira gelar. Feito isso, use o filtro da coqueteleira e também um coador antes de depositar o líquido na taça. Ao final, você terá na mão um dos coquetéis favoritos deste escritor. Aproveite.
Reclames da Quinzena
No Programa de Indie, eu e o chapa Igor Muller fizemos dois programas muito bacanas nas últimas semanas. De um lado, trouxemos as primeiras novidades de 2025. Do outro, fizemos nosso primeiro programa inteiramente dedicado a uma banda que eu amo de paixão: a Legião Urbana, falando especificamente de um disco que já apareceu aqui na newsletter, inclusive.
No Scream & Yell, bati um papo com a Bianca Gismonti, filha do incrível Egberto Gismonti, sobre Gismonti 70, disco que ela gravou em 2018 e lançou em dezembro para homenagear o pai – um dos maiores caras da história da música brasileira. Também cobri uma trinca de shows bacanas: Hyldon, Otto em versão acústica e o Trio Mocotó.
Também tenho a honra de divulgar a lista de premiados da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), de cujo júri faço parte desde o ano passado na categoria de Música Popular. Entre os vencedores de 2024, uma alegria premiar gente boa como Amaro Freitas, Hermeto Pascoal, Black Pantera, Boogarins e Alaíde Costa.
No YouTube, além do show da Maglore citado aqui acima, também tem vídeos do excelente Circuito Nova Música, Novos Caminhos, do show da banda de hermetocore Papangu e dos veteranos do Trio Mocotó em SP. Beleza, beleza, beleza!
Enquanto os tempos não melhoram, sigo desviando do perigo por acaso ou por iluminação.
E aproveito aqui pra fazer mais um comercial: se você gosta da Meus Discos, Meus Drinks e quer dar uma força, assine a newsletter. Ou mande um PIX pra meusdiscosmeusdrinks@gmail.com. O bartender agradece imensamente!
Um abraço,
Bruno Capelas
PS: Esse texto foi escrito ao som de V, da Maglore, mas também das gravações dos muitos shows que vi da banda ao longo dos últimos dois anos e meio. O YouTube não me deixa mentir: são mais de 50 vídeos da banda – e do repertório de V, só me falta um registro de “Medianias”, música que só apareceu mesmo no show de estreia do álbum (e eu não gravei). Faço coro pra que você vá lá assistir, até porque as apresentações ao vivo têm um tempero que o disco não possui.
PS2: Para quem ficar curioso, vale dizer que tanto Luquinhas quanto Teago possuem carreiras solo bem interessante. O primeiro, inclusive, já apareceu várias vezes no Programa de Indie (que completa cinco anos semana que vem!). Essa sessão aqui é particularmente bonita.
PS3: Queria dizer ainda, já que o assunto é Maglore, que eu adoraria ver um bloco de Carnaval da banda, misturando músicas próprias e os melhores clássicos do Axé 90. Seria demais, vai?
Continue escrevendo assim! A newsletter ainda não "cumpriu seu papel no mundo", como você disse - há muitas pessoas que ainda vão lê-la pela primeira vez e adorar, assim como eu agora.
Teago arrasa nas composições. Desse disco eu gosto muito de Talvez. Me faz lembrar de um relacionamento maluco que tive, a gente ouvia muito o disco juntos, e viajávamos nessa música.
Hahaha apesar dos pesares, gosto bastante desse álbum.