#53: “O Exercício das Pequenas Coisas”, Ludov + Tom Collins
Em tempos em que o tempo me assombra, é justo voltar ao começo – ao disco que me tornou "indie" e o coquetel que me fez querer retornar aos balcões
Ao longo de quase dois anos, já percebi que existem diversas “editorias” nesta newsletter, da mesma forma que há razões diferentes pelas quais a gente vai ao bar. Há edições em que estou apaixonado por um coquetel. Há outras em que a missão principal é falar de um disco e contar sua história, homenagear um artista. Em alguns momentos, é difícil fugir da pauta – e as edições de Carnaval e festa junina não me deixam mentir. Em outras horas, sinto que chego no balcão para falar de um tema dos nossos tempos que se torna incontornável, como foi na época das eleições. Já usei também o balcão para expiar alguns traumas. Hoje eu vim falar do tempo. Mas não é da temperatura dos nossos dias, ainda que a onda de calor em São Paulo esteja insuportável. Também não é do tempo corrente, da passagem de um ano pro outro. Mas é que nas últimas semanas, eu tenho refletido muito sobre a forma como os anos parecem escorrer pelas mãos.
De maneira intensa e frequente, eu tenho me lembrado de coisas que aconteceram há mais de uma década como se tivessem acontecido semana passada. É uma sensação estranha: até outro dia, algo que aconteceu há uma década provavelmente pertencia à minha infância ou à adolescência. Agora, não: é doido pensar que já faz mais de uma década que eu trabalho, que eu escrevo para o Scream & Yell (e bebo quase semanalmente com seu capo, Marcelo Costa) ou que eu conheço a maior parte dos amigos com quem convivo. No fim do ano, vai fazer dez anos que eu me formei – e, como vocês puderam ler na edição passada, também faz dez anos que eu escrevi a primeira versão do meu livro. Aliás, até outro dia eu achava que cinco anos entre a primeira versão e a publicada tinha sido muito tempo. Já já, vai fazer cinco anos que eu publiquei o Raios e Trovões – e também me repetindo, sigo longe de pensar num segundo livro.
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Não é só: esses dias fui tomar uma cerveja com uma amiga que mora fora do Brasil há um bom tempo. Tomei um susto ao perceber que a última vez que a gente se viu foi em Los Angeles, em 2018 – de lá pra cá, ela mudou de cidade, se formou, entrou no doutorado e fez uma porção de coisas. Eu ainda era repórter no Estadão e nem pensava em virar editor, quanto mais sair do jornal, virar freelancer e tudo mais. Outro susto foi perceber que apesar da acompanhar muito da vida um do outro e ter uma relação bem profunda, nós não chegamos a estar no mesmo lugar mais do que 10 vezes. E sei que alguém poderá dizer que é tudo culpa da internet, mas já estou um pouco acostumado a refletir sobre relações digitais pra descartar essa hipótese tão facilmente.
Outro dia, morreu o escritor americano Paul Auster – de quem a leitura do Trilogia de Nova York me marcou muito. Tomei um susto ao lembrar que li esse livro antes mesmo da pandemia. Aliás, os acasos e coincidências do Paul Auster bem que caberiam no episódio mais assombroso dessa sequência mais ou menos trivial. Há coisa de um mês, quando a namorada esteve aqui em São Paulo, eu estava tentando decidir um livro pra ler antes de dormir. Pouco antes de deitar, eu praguejava ao ver uma foto no Instagram, em que uma ex-amiga fazia um piquenique com dois casais de amigos bem próximos – um deles, inclusive, acabou de ter uma bebê fofa, fofa, fofa.
Não sei exatamente o porquê, mas na sequência disso lembrei do fato de que a Jennifer Egan, outra escritora que eu adoro, tinha lançado em 2023 A Casa de Doces, romance que dá sequência ao livro que lhe deu um Pulitzer e que eu amo de paixão: A Visita Cruel do Tempo. Achei que valia a releitura e pincei da estante o livro antigo. E aí o tempo me fez uma cruel visita quando, ao abrir a capa, deixei cair uma carta justamente dessa ex-amiga, desejando feliz aniversário e torcendo pra eu gostar da história e da festa surpresa que alguns amigos organizaram naquele ano.
Na hora foi difícil não rir, mas depois fiquei pensando nessas voltas que o mundo dá. A leitura também ajudou: A Visita Cruel do Tempo é daqueles livros que vai e volta entre diferentes narradores e personagens, entrelaçados por fios muito tênues, mas muito simbólicos. Às vezes, é quase como uma narrativa de crime e mistério: não de quem matou quem, mas “quem é que está falando agora e como essa pessoa se junta na história?”.
Reler Jennifer Egan me fez pensar justamente nessas conexões ao longo da minha vida. Às vezes, fazendo o Programa de Indie, é comum que eu use a frase “esse disco mudou a minha vida”. Em muitas situações, é força de expressão, é hipérbole. Em outros, não – e com o passar dos anos, é curioso perceber que alguns refrões viraram quase comportamentos naturais (o caso mais clássico é “me afastar é pedir perdão”, do Terminal Guadalupe). Há discos que me apresentaram pessoas. Ou me fizeram ir a shows em que eu conheci pessoas incríveis (Teenage Fanclub na The Week em 2011, estou olhando pra você). Discos que me fizeram escrever textos que chegaram a pessoas incríveis. E há discos que simplesmente me abriram todo um universo, de uma forma que eu nem imaginava – mesmo que hoje eu não os escute muito.
O Exercício das Pequenas Coisas, primeiro álbum do Ludov, é talvez um dos exemplos mais clássicos dessa lista. É o disco que me tornou indie, ou, pelo menos, que me apresentou a um universo totalmente diferente do que eu imaginava. Provavelmente, eu caí nele por conta do clipe animado de “Princesa”, um daqueles semi-hits que rodaram muito na MTV – o suficiente para ocuparem uns kilobytes na memória de todo mundo que viveu os anos 2000, não o suficiente para catapultar o Ludov ao estrelato. Por causa dele, porém, eu passei a fuçar a internet em torno de outras bandas parecidas.
Do Ludov, provavelmente veio na sequência o Gram. E aí outras bandas como Autoramas, Wonkavision, Relespública, Cachorro Grande, Bidê ou Balde, Cansei de Ser Sexy. Nem de todas eu gostava: demorei anos para amar o Cascadura ou o Ludovic, até hoje não consigo entender o tesão da galera no Mombojó ou no Cidadão Instigado. E quando eu menos me dei conta, eu já ouvia uma série de bandas que nem chegaram a triscar a MTV, enquanto meus amigos no colégio ainda estavam na rotação do Disk MTV. De repente, eu era alternativo – embora na época eu só me achasse meio nerd mesmo, cheio de espinhas e sem muitos amigos. Mas o Ludov foi minha porta de entrada para esse universo, e uma porta de entrada que me fez não só querer ouvir, mas também escrever e contar pra todo mundo que havia uma série de bandas bacanas prontas para serem descobertas a uma visita do TramaVirtual de distância.
O Ludov também foi uma das primeiras bandas que eu vi ao vivo num show só com amigos, sem meus pais. Lembro até hoje da ocasião: Sesc Santo André, maio de 2006, Ludov convida Wonkavision – um show seguido do outro, no qual eu me esbaldei depois comprando CDs, camisetas e pedindo autógrafos. A excitação foi tanta que eu até perdi minha carteira no chão do Sesc, encontrada talvez pelo Will Prestes, vocalista/guitarrista da Wonkavision. Na saída, lembro também que eu não tinha celular, o do meu amigo acabou a bateria e dependíamos do orelhão para ligar para o meu pai vir nos buscar. O problema é que o orelhão do Sesc estava quebrado e quase nos enfiamos na comunidade ali próxima, perto do cadeião de Santo André, para achar um orelhão. Acabamos pedindo ajuda pro segurança do Sesc, que emprestou o celular numa chamada a cobrar (9090, os jovens ainda sabem o que é isso?). Na volta pra casa, ruas interditadas, especialmente em frente a delegacias de polícia. Era o começo do final de semana em que o PCC dominou São Paulo.
Desculpa, fiquei emotivo. A verdade é que não acho que eu seria uma pessoa radicalmente diferente de quem eu sou por causa do Ludov ou se o Ludov nem existisse. Mas me deixa meio doido pensar que isso tudo já faz quase duas décadas e que de certa forma eu moldei uma série de caracteres da minha personalidade em torno disso. Foi esquisito me ver chorando em Goiânia, no meio do show do Violins no último Goiânia Noise. Não era só emoção musical: foi quando eu me dei conta de que o moleque Bruno Capelas que comprou o CD do Grandes Infiéis no site da Fnac (que nem existe mais aqui!) ia estar muito feliz de ver “Atriz” sendo tocada ao vivo com uma credencial de imprensa no braço, representando o site que me apresentou essa e tantas outras bandas. Parece uma baita pieguice (e é!), mas foi um daqueles momentos em que tudo parecia se encaixar.
Há muito tempo, porém, eu não parava para escutar o disco do Ludov. Durante anos, me incomodei ao ouvir de novo aquelas letras, aquelas músicas, a produção um pouquinho datada da época tentando se aproximar pero no mucho dos Los Hermanos – outra banda que eu demorei muito, mas muito tempo pra gostar de verdade. Hoje, acho que gosto bem mais de Ludovic que de Ludov (e a história do nome das duas bandas, contada pelo Jair Naves num Programa de Indie recente, é ótima). Mas nesses tempos em que o tempo me assombra, voltei pro disco e bateu: tem muita coisa ali de que gosto até hoje, como a vinheta instrumental “Supertrunfo”, o coro de “Gramado”, a levada pop de “Estrelas” e a beleza de “Kriptonita”, talvez o segundo grande semi-hit do Ludov. Mais do que isso, foi interessante perceber como havia elementos ali que me levaram a outros lugares: a influência do Weezer e, vá lá, do Los Hermanos, a comunicação da banda, a estética.
Desde que comecei a newsletter, eu passei um bom tempo pensando que disco seria um Tom Collins – o primeiro coquetel que eu bebi na vida de maneira consciente que aquilo era, UAU, um coquetel. Não é algo que eu beba toda hora, pelo contrário – até porque, quando bebo hoje, estou quase sempre em busca de novas alquimias. Mas numa daquelas trends de redes sociais, minha namorada me pediu um top 5 drinks que me marcaram, e foi impossível não passar por ele.
Já contei essa história aqui na newsletter, mas não custa repetir: descobri o Tom Collins ao sentar no balcão do Arturito com uma ex-namorada, enquanto esperávamos na fila de mais de hora. Passamos pelo clássico batismo de ver um bartender sugerir um drink – ela ganhou um Tom Collins, eu uma caipirinha de uva itália. A caipirinha não rolou, mas lembro até hoje das sinapses mentais que eu fiz com aquele coquetel que me abriu tantas portas. Fico imaginando o que teria acontecido se, em vez do Tom Collins, fosse um Negroni, um Bellini ou um Bloody Mary. Talvez essa newsletter não existisse (ou talvez só seria outro o coquetel que harmoniza com o Ludov). Nunca saberemos, mas o meu problema, como diria Djavan, é que eu adoro um “se”.
Talvez eu esteja sendo otimista aqui: sempre tem alguém para lembrar aquele velho clichê de que pensar demais sobre o passado pode ser um certo sintoma de depressão, e eu nunca esqueço que meu psicólogo já me disse que eu tenho certa tendência ao que ele chama de “melancolia charmosa”. Até porque eu também tenho pensado bastante nas consequências ruins da passagem do tempo, especialmente naquelas coisas que a gente faz e, depois de muito, nem percebe como chegou a esse ponto. É o que eu penso quando vejo alguns exames de saúde, ou quando me dou conta de que, graças a um grande esforço das últimas semanas, talvez esteja finalmente perto de chegar a dígitos que não frequento na balança há meia ou uma década. Não sei se estou mais triste ou mais feliz por isso – e não posso evitar pensar naquela frase clássica do Tim Maia: “comecei dieta, cortei a bebida e, em duas semanas, perdi 14 dias”.
Talvez não haja resposta mesmo, da mesma forma que talvez não haja exatamente uma conclusão sobre essa conversa. Foi por causa de reflexões como essa que alguém inventou aquela palavra “inexorável” – que só pode ser usada numa frase como “o tempo é inexorável”, claro. E antes que eu comece a tergiversar aqui demais no balcão, mexo o gelo com o dedo no copo e tomo mais um gole do meu Tom Collins. Talvez seja bom acabar logo de beber esse drink antes de pensar se eu deveria comprar adoçante para uma versão low-cal do coquetel. Mas como já diziam os Los Hermanos, “não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer”. Felizmente, todo bar tem lá sua hora de fechar, e mesmo o bartender mais paciente sabe quando é hora de acabar com conversa de bêbado. E se uma coisa a vida me ensinou (ou talvez foi o Michael Stipe), é que às vezes é melhor ir embora antes da festa acabar.
A Receita
60 ml de gim
25 ml de suco de limão
15 ml de xarope de açúcar
60 ml de água com gás
Pra começar a explicar a receita, preciso dizer que esse Tom Collins é o Tom Collins caseiro, o Tom Collins de boteco, o Tom Collins dos moleque. A rigor, um Tom Collins tradicional tem dois ingredientes diferentes: o limão é sempre siciliano e o gim é um Old Tom, variação inglesa que tem um bocado a mais de açúcar em sua composição – não à toa, o gim que a gente se acostumou a beber no mundo todo é o “london dry”, mais seco que o Old Tom. Há quem diga ainda que um Tom Collins feito com london dry gin é um John Collins, mas eu acho o nome meio esquisito. Collins, aliás, é uma daqueles nomes dados a fórmulas clássicas – a saber, destilado, limão, xarope e água com gás. Em Cuba, por exemplo, é bem popular o Ron Collins (com rum), e há quem prefira mesmo um Vodka Collins.
Aqui em casa, portanto, eu sempre fiz meus Tom Collins assim: gim, limão, xarope e água com gás. É uma receita tão fácil que o Tom Collins é um dos meus trunfos em qualquer churrasco de família ou ocasião de improviso. Pra fazê-lo, é bem simples: bota gim, limão e xarope numa coqueteleira com bastante gelo e bata vigorosamente. Depois, coloque gelo num copo highball (ou… Collins!), despeje a mistura e adicione a água com gás, mexendo levemente com a bailarina para misturar o coquetel. Pronto, você tem na mão um Tom Collins, um daqueles coquetéis clássicos que já somam mais de um século de história – e que qualquer bartender ao redor do mundo deve saber reproduzir. Outra vantagem: é tão simples que é dificil errar a mão, bastando seguir a proporção.
Ah, e por falar em proporção, é importante aqui fazer o registro. Para dar cabo deste texto, fiz não um, mas dois Tom Collins num copo novo da minha coleção – cês repararam? O primeiro foi com Beefeater clássico. Já o segundo eu fiz com Geest Hopped Gin, um dos primeiros recebidos que esta newsletter recebe em seus quase dois anos de existência. O spirit é um produto da Geest, destilaria aqui do interior de São Paulo, e tem lúpulo na composição.
No resultado final do Tom Collins, devo dizer que o gim lupulado deixou a bebida mais floral e um cadinho mais adocicada, num sabor bem gostoso. Aliás, pra quem gosta de experimentar gins diferentes, o Tom Collins é um ótimo coquetel para servir de padrão de testes. Só tome cuidado com as proporções para testar – seu fígado agradece. E por falar em agradecer, queria mandar um abraço pra Aline Smaniotto, que me mandou este gim da Geest e muitas outras misturas bacanas que em breve aparecerão aqui.
Reclames da Quinzena
No Programa de Indie, tem rodada dupla com um disco que eu adoro comemorando 30 anos – o Blue Album, do Weezer – e outro programa cheio de novidades em maio.
Na GQ desse mês, agora nas bancas, escrevi uma reportagem muito interessante sobre lideranças que, a despeito de terem origem no meio empresarial ou no mercado financeiro, ocupam um espaço interessante no pensamento progressista – gente como Eduardo Moreira, João Paulo Pacífico ou Jorge Hoelzel Neto, presidente da Mercur. Particularmente, gostei muito do resultado da pauta, que evoca aquele espírito Darcy Ribeiro de estar “do lado dos vencidos”.
Em Cajuína, assino uma entrevista sobre como a Latam abraçou diversidade em suas contratações e uma reportagem longa falando sobre um tema bem importante: licença-paternidade estendida. (Aliás, sabia que licença paternidade nem é regulada no Brasil direito, sendo a regra uma “pendência” da Constituição?)
Lá no site da família indie brasileira, o Scream & Yell, fiz um esquenta rápido pro C6 Fest com uma playlist de uma dessas figuras mágicas do pop brasileiro: o DJ Memê, onipresente no rádio nos anos 1990 – e um dos culpados de tornar Shakira uma estrela global. Duvida? Então chega mais.
De quebra, ainda fiz minha estreia em nova casa editorial – a Exame CEO, revista da publicação de negócios voltada ás lideranças – com duas matérias sobre inteligência artificial. Uma é um raio-X de assistentes digitais para facilitar inúmeras tarefas; outra, um guia passo a passo para adoção de IA nas empresas.
Por fim, mas não menos importante, lá no YouTube tem vídeos dos shows de Tortoise e Maglore fazendo o Acústico. Aliás, fica de olho porque essa semana devem pintar também vários vídeos do C6, que rola aqui em SP nesse fim de semana com Pavement, Cat Power, Squid e o queridíssimo Jair Naves.
Sabe qual a frase que eu mais me identifico de “Princesa” no momento? “Ela tem trabalhado demais”. Pois é. Saúde, amigos.
Um abraço,
Bruno Capelas
PS: Este texto foi escrito ao som de O Exercício das Pequenas Coisas, do Ludov, bem como do EP de estréia, Dois a Rodar. Além disso, muitas das reflexões desse texto passaram por discos como a estreia do Gram, autointitulada, e o glorioso Bogary, do Cascadura.
PS2: Do mundinho Ludov, preciso ainda fazer duas indicações. Uma é que eu adoro o disco solo do Mauro Motoki, Bom Retiro, lançado em 2011. A outra é que Habacuque Lima, guitarrista, e Paulo Chapolin, baterista, hoje fazem parte do Pullovers, banda do meu coração que em breve lança disco novo depois de 15 (!) anos. Olhos atentos.
PS3: Semana que vem, se tudo der certo, vou passar uns diazinhos no Rio de Janeiro. Assinantes do Rio, vocês têm dicas de bares que eu preciso ir? Drinks obrigatórios pra tomar por lá? Aceito super indicações (vai que surge um Guia de Bares carioca…).
Procure por uma senhora chamada Mila Chaseliov no instagram, diga que foi recomendação de Leandro Godinho e conclua dizendo que precisa beber bem no RILDY. Sério, sem erro.
Que texto lindo! Me lembrou da época que eu fiz uma página no facebook chamada 365 discos m 365 dias, na pré adolescência, mas que mesmo sendo muito amador e feito por um jovem com menos de 18 anos, rendeu umas coisas legais e sempre tinha banda repostando.
Pouco tempo depois entrei pro pignes, onde a gente resenhava o disco e upava na internet pra galera baixar de graça kkkkkk bons tempos, sem neura de algoritmo, sem pensar em "engajamento", só fazer porque era bem legal